TERRORISMO ÍNTIMO
Li a um tempo atrás um livro chamado "Terrorismo Íntimo" de Michael Vicent Miller, que analisa as relações familiares, e mostra que as pessoas que as compõe nos dias de hoje, buscam muito mais ter vantagens, uns dos outros, do que um amor fraterno e livre. Por isto o termo terrorismo íntimo, ou seja, vivemos nos dias atuais com adversários dentro da própria casa. As relações francas e prazerosas, se transformaram em disputas de poder e dinheiro. Diante desta realidade, o que antes era uma âncora na vida, o ter uma família: esposo(a), filhos, pais; hoje pode ser foco de lutas e disputas. É só verificarmos os noticiários , que tristemente verificamos os crimes que ocorrem entre familiares. Lamentável! Diante desta tragédia, as pessoas se sentem sós e sem eixos que as direcionem. Os modelos do passado, não são bons exemplos! Se o passado não é uma boa referência, o que temos é o presente e o futuro.
Uma relação em que os papeis estão pré-definidos e que me satisfaz muito, pois encontrei pessoas incríveis -existem pessoas ruins, mas graças a Deus foi uma minoria das que conheci neste meio; é o BDSM.
A mecânica do início do relacionamento é bem diferente dos outros tipos, pois existe a negociação: onde há o conhecimento de desejos e características de cada um e quando é colocado os objetivos que se busca. Nos relacionamentos baús, não existe isto. Após a negociação existe o contrato, que pode ser escrito ou verbal- existe um cuidado muito grande de respeitar sempre este contrato; nele tudo é colocado, o que pode e não pode no relacionamento. Com estes cuidados, as expectativas ficam com mais direção, se existe o risco do terrorismo íntimo, porém diminui, já que se busca maior controle.
Não desejo levantar bandeiras do BDSM, mas me encontrei e me satisfaz. Sofro também com familiares que se aproximam com segundas intenções, contudo isto faz parte da vida moderna!
Um abraço e se proteja de quem se aproximar de você para só tirar vantagens, seja pai, filho ou outros, e faça o seu caminho!
Indico um filme "A Secretária". Ela sofria de depressão profunda e estava sem sentido para a vida, em virtude dos fracassos em relacionamentos anteriores, e encontrou em um dominador, o seu chefe, alguém para lhe controlar e uma nova forma de sentir prazer. Um bom filme, que nos faz repensar os modelos de convívio .
Marcelo Santos
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