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quinta-feira, 14 de setembro de 2017

BDSM E CONFIANÇA.

CONFIANÇA X BDSM!!


Um jogo onde as pessoas se entregam, pelo simples fato de haver uma conexão. Seja afinidade, sexual, poder ou pequenas peculiaridades que levam a confiar em alguém. Onde promessas se cruzam. O que precisa para você confiar em alguém? Saber dados pessoais é importante? Afinal de contas submissas querem DONO, não maridos não é... Dominadores querem posses e não esposas....pra quê tanta informação??

Confiar é como presentear a parte mais delicada que possuímos: o nosso coração. A confiança é um bem precioso, um tesouro que deve ser oferecido com cautela, porque é a parte mais linda de uma amizade e o vínculo mais forte de um relacionamento de casal. Não é preciso saber tudo sobre essa pessoa porque a conexão é excelente, e isso basta para ter uma D/s? Por outro lado, a confiança é essencial para que a intimidade se estabeleça e se desenvolva.
Esta conexão vai muito além do simples campo psicológico; falamos de uma ligação emocional que constrói o nosso comportamento. Tanto é assim que, a partir da filosofia e da sociologia, explicamos por que a confiança na humanidade adquire um nível mais autêntico e revelador do que nos outros animais. Os animais confiam em seus semelhantes da mesma espécie por um simples comportamento instintivo. Na maioria das vezes as pessoas o fazem conscientemente, aplicando uma “seleção”: um filtro muito especial baseado nas suas experiências.
“Confiar em todo mundo é uma insensatez, mas não confiar em ninguém é uma estupidez neurótica”.– Juvenal –
Quando falamos de confiança, nos referimos às emoções positivas que garantem a força de um vínculo. No entanto, a maneira como a pessoa confia nos outros é um dos aspectos que define a sua personalidade. Uma autoestima baixa, uma infância traumática ou ter sentido a dor de uma traição dificultam a nossa capacidade de confiar no outro. Carências emocionais impedem de fazer a leitura correta das pessoas que nos abordam. Um simples.... Ele cuidou de mim, vira eu te amo. Muitas vezes nós mesmos somos culpados, por nossas decepções.
A confiança não implica “precisar saber tudo” Por outro lado, lembre-se de que o nosso cérebro precisa simplificar e viver uma rotina diária sem riscos. Ele precisa de um equilíbrio emocional adequado. Se pensarmos bem, todos nós trabalhamos no piloto automático: deixamos a nossa mente nas mãos de um comandante que a todo momento nos transmite confiança e nos conduz.
Confie nesse médico, ele sabe o que faz e irá ajudá-lo. Confie nesse DOM parece ter muito conhecimento, estará segura. Confie todos os dias quando você sair para a rua, a fatalidade não é algo que encontramos a todo momento.
Temos que admitir que quando somos traídos é muito difícil confiar novamente: é como se arrancassem um pedaço de nós. É como se o próprio Shylock do “Mercador de Veneza” viesse cobrar a sua dívida e levasse um pedaço do nosso coração; é uma ferida permanente e profunda que nos impede, em muitos casos, de nos relacionarmos intimamente com alguém.
“A melhor forma de saber se você pode confiar em alguém é oferecendo primeiro a ilusão que confia nela. Dar o poder alguém e saberá quem é". Confiar em alguém dentro BDSM, não é o mesmo que confiar no seu vizinho, colega de trabalho ou parceiro. É muito maior, pois envolve entregar seu corpo para alguém onde irá usar, deixar marcas, abri feridas....e se essa pessoa não tiver conhecimentos e técnicas corretas? Você confiou acreditou que apenas a conexão bastava. E quando alguém seja submissa ou Dominador, resolvem não aceita o término do relacionamento e resolve lhe chantageia, com fotos e vídeos de quando estavam juntos? E confiança ficou onde. Não digo que não devemos confiar em ninguém, por não somos neuróticos. Mas que olhem BDSM com olhar diferente como olham na vida baunilha. Cautela, observando sempre, questionando, estudando, buscando informações e sem pressa. Infelizmente o que observo, são submissas assim que encontram um "pretendente a DONO " deixam de aplicar tudo que aprenderam, se levam pela emoções e persecução do Dominador.
As decepções mais dolorosas são aquelas que vivenciamos com as pessoas mais próximas. Nesses casos, o mais problemático é que essa desconfiança se estende a outras áreas da nossa vida: começamos a desconfiar de tudo, nos fechamos e nos isolamos dos demais.
Dentro do “manual do eterno desencantado” “Eu nunca mais vou confiar em ninguém, as pessoas são nocivas, interesseiras e egoístas”. Se não aprendermos com os erros, nunca teremos uma outra oportunidade de sermos Felizes.
Sugestão...Uma inteligência consciente e vital é um convite direto para a sobrevivência e auto avaliação, onde a confiança em nós mesmos e nos outros é o substrato mais poderoso para nos dar discernimento e fazer boas ESCOLHAS.
Constantine Almeida
(COM AUTORIZAÇÃO DA AUTORA)

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