O AMOR!
Falar de BDSM e amor, para muitos parece algo estranho ou até heterodoxo, como se o BDSM o excluísse. O BDSM e amor , não são pontos opostos , mas complementares. É possível ser bdsmer e amar, como também é possível ter uma relação D/s sem amor.
Alguns defendem que amar e depois tornar a relação em D/s não é desejável, pois um dos envolvidos pode fazer isto para não perder o parceiro e a relação fica prejudicada, práticas BDSM e coração baunilha, que o ideal é ser bdsmer e dentro da relação surgir o amor.
Nos meus anos de vida e de aconselhamento, aprendi que em matéria de relacionamento e amor, não existem regras e fórmulas, cada convívio é um, pode amar e torna-se bdsmer como ser bdsmer e na relação D/s surgir o amor, e pode ter práticas de BDSM sem amor!
Quero entretanto falar do BDSM com amor! Se na relação Top e bottom existe a amplificação das sensações, por causa dos símbolos- chicote, cordas, correntes...; dos cheiros- suor, pele, perfumes específicos de cada um; da voz do Dono; do prazer da dor, prazer em dar prazer... Quando os neurotransmissores trabalham com uma capacidade ampliada e o orgasmo é algo muito superior ao que é conhecido, agora acrescentem nisto tudo o toque do amor! Tendo uma sessão intensa e forte com quem se ama! O mundo acaba !!! A relação de tempo e espaço, fica diferenciada- horas se tornam minutos, o dia passa e não se nota, chega-se a hora da exaustão! O subspace- estados alterados de consciência, o prazer/dor/prazer ficam intensos demais! Como diz Camões:
Se não conhecesse literatura, diria que ele era um bdsmer! Pois de forma magistral coloca: "É dor que desatina sem doer", É querer estar preso por vontade", "É servir a quem vence , o vencedor";" É ter com quem nos mata , lealdade." Embora não haja relatos de Camões tendo as práticas que amamos, ele era um mulherengo por isso perdeu o olho, contudo de uma sensibilidade única, entendia o amor, como uma relação de dor/prazer.
Caso você ame o seu, sua sub, permita-se o amor! O BDSM se completa no amor, amplifica as sensações e a completude.
Permita-se!
Que este texto tenha ajudado muitos a se encontrar com os seus sentimentos!
Um abraço!
Marcelo Santos
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