Translate

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

BDSM: A EXPLOSÃO DA SEXUALIDADE FEMININA!

A REPRESSÃO POTENCIALIZA O QUE FOI REPRIMIDO.


Tive um professor da cadeira: "História do Cristianismo", em que dizia: "A repressão cria monstros!"
Abordava ele os anos da repressão da razão principalmente na Idade Média, quando numa reação de muitos mosteiros, se escondiam livros de filósofos e pensadores, para não irem para a fogueira. Muitos desenhos medievais, eram na verdade mensagens cifradas de pensamentos, idéias e descobertas, desconhecidas da humanidade e principalmente da "Santa Madre Igreja!"

Precisamos redescobrir a capacidade de enxergar e ler estas imagens, decifrando muita coisa. Dois livros que abordam , o primeiro a reação de muitos mosteiros a repressão da Igreja: " O Nome da Rosa!".
O segundo desvendando uma possível descendente de Jesus, buscando no quadro de Da Vinci- A Última Ceia, respostas: "Código Da Vinci." Ou seja, por mais que as instituições, o tempo seja de repressão, o ser humano
encontra saídas para se proteger e conseguir perpetuar a sua história!


Por que abordei estes dois momentos da história e a necessidade de releitura da arte para entendermos muito da nossa história? Porque a maior história que o ser humano tem é da sua sexualidade. O nome da rosa é na interpretação de muitos a sexualidade livre e alegre, reprimida pela Igreja e que se manifesta de forma sutil e também violenta. Humberto Eco era um semiologista, seus textos são extremamente polissêmicos- possuem múltiplas interpretações. A história da sexualidade é o que moveu a história humana de forma mais forte até do que a busca pela racionalidade, pelo pensamento- somos mais instintos do que razão! 

Neste pequeno texto quero levantar a questão para outros poderem se aprofundar e quem sabe dissertar sobre o tema: A repressão da sexualidade feminina durante a história fez a mulher assumir uma dupla aparência, recatada mãe de família, aceita e amada na sociedade e devoradora de homens, uma fêmea em busca de saciedade, diferentemente do homem que assumiu a característica de predador em todo o tempo da sua existência. 

Tinha o provedor que dava garantias a família, aos filhos. Internamente, pois nem todas tinham coragem de ir adiante, uma mulher insaciável com desejos intensos e sem barreiras. Relegava a felicidade a uma existência confortável, ou tinha uma vida dupla. 

Muitas mulheres foram presas, espancadas e até queimadas, por terem uma vida dupla e diziam estar possuída pelo diabo, como forma de se livrar da culpa e não perder a família.

Quando teve a oportunidade de se libertar das amarras- medo de relações que poderiam engravida-la, medo da repressão masculina- nos anos 60 mostrou quem era, uma pessoa forte, determinada, dona de si e dos seus desejos! Agora fazia a história, não era passiva , mas dominava o seu caminho. Se desejava ser submissa era por desejo seu, se dominante da mesma forma. 


Em uma época em que todos criticamos e muitos de forma romântica e saudosista, sonham com o passado, hoje temos liberdade de ser quem somos, assumir nossos desejos sem medo de prisão ou morte!

Vivamos o presente e construamos o futuro com mais tolerância e liberdade!



Marcelo Santos e Penélope Niki Pimenta

Indico esta palestra, com a filosofa Marcia Tiburi1: O Mito do Sexo.










Nenhum comentário:

Postar um comentário