A REPRESSÃO POTENCIALIZA O QUE FOI REPRIMIDO.
Tive um professor da cadeira: "História do Cristianismo", em que dizia: "A repressão cria monstros!"
Abordava ele os anos da repressão da razão principalmente na Idade Média, quando numa reação de muitos mosteiros, se escondiam livros de filósofos e pensadores, para não irem para a fogueira. Muitos desenhos medievais, eram na verdade mensagens cifradas de pensamentos, idéias e descobertas, desconhecidas da humanidade e principalmente da "Santa Madre Igreja!"
Precisamos redescobrir a capacidade de enxergar e ler estas imagens, decifrando muita coisa. Dois livros que abordam , o primeiro a reação de muitos mosteiros a repressão da Igreja: " O Nome da Rosa!".
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglTzc_OSF96DbSrHq-GMhRBHxheEuQhclazuA8UMId4m_1_LRBjRzBCLOgbGzNJhsAoalK7lTwf73Be_Vjg04eCK0EjC1ZOq_47xDSYGd4R4oS59EESoZllb4tf41BKYAH_lc06MXzFTdW/s320/A+%25C3%25BAltima+ceia.jpg)
Por que abordei estes dois momentos da história e a necessidade de releitura da arte para entendermos muito da nossa história? Porque a maior história que o ser humano tem é da sua sexualidade. O nome da rosa é na interpretação de muitos a sexualidade livre e alegre, reprimida pela Igreja e que se manifesta de forma sutil e também violenta. Humberto Eco era um semiologista, seus textos são extremamente polissêmicos- possuem múltiplas interpretações. A história da sexualidade é o que moveu a história humana de forma mais forte até do que a busca pela racionalidade, pelo pensamento- somos mais instintos do que razão!
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Tinha o provedor que dava garantias a família, aos filhos. Internamente, pois nem todas tinham coragem de ir adiante, uma mulher insaciável com desejos intensos e sem barreiras. Relegava a felicidade a uma existência confortável, ou tinha uma vida dupla.
Muitas mulheres foram presas, espancadas e até queimadas, por terem uma vida dupla e diziam estar possuída pelo diabo, como forma de se livrar da culpa e não perder a família.
Quando teve a oportunidade de se libertar das amarras- medo de relações que poderiam engravida-la, medo da repressão masculina- nos anos 60 mostrou quem era, uma pessoa forte, determinada, dona de si e dos seus desejos! Agora fazia a história, não era passiva , mas dominava o seu caminho. Se desejava ser submissa era por desejo seu, se dominante da mesma forma.
Em uma época em que todos criticamos e muitos de forma romântica e saudosista, sonham com o passado, hoje temos liberdade de ser quem somos, assumir nossos desejos sem medo de prisão ou morte!
Vivamos o presente e construamos o futuro com mais tolerância e liberdade!
Marcelo Santos e Penélope Niki Pimenta
Indico esta palestra, com a filosofa Marcia Tiburi1: O Mito do Sexo.
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